Cartórios lançam Autorização Eletrônica para Doação de Órgãos
Um documento Eletrônico disponível para oficializar a vontade dos doadores e que pode salvar vidas
No último dia 02, terça-feira, os cartórios em todo o território nacional lançaram uma iniciativa pioneira: um documento eletrônico que facilitará a oficialização da intenção dos cidadãos em serem doadores de órgãos. Essa medida foi anunciada conjuntamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Colégio Notarial do Brasil, por meio da campanha "Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém".
A partir de agora, qualquer pessoa interessada em se tornar doadora de órgãos poderá preencher a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) em qualquer um dos 8,3 mil cartórios de notas espalhados pelo país, e o melhor, de forma gratuita. Essas autorizações serão armazenadas em um sistema eletrônico, acessível aos profissionais de saúde para validar a vontade daqueles que vierem a falecer.
O processo para obter a autorização eletrônica é simples: basta acessar o site da AEDO, preencher um formulário eletrônico e selecionar o cartório de preferência. Em seguida, será agendada uma videoconferência, na qual o cidadão será identificado e deverá assinar o documento eletronicamente.
Uma vez concluído o procedimento, a autorização ficará registrada no Sistema Nacional de Transplantes, pronto para ser consultado no momento do falecimento do doador. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, que participou do lançamento da campanha, acredita que essa iniciativa promoverá significativamente a doação de órgãos no Brasil. Ela destaca que em 2023 foram realizados 9.200 transplantes no país.
Em Morro da Fumaça, embora ainda não tenha sido registrada nenhuma AEDO, o Cartório está plenamente preparado e encoraja todos a aderirem a essa ferramenta vital. Júlia Tasso Barzan, titular do Cartório local, ressalta a importância dessa autorização: "É fundamental abordarmos esse tema, onde um simples gesto pode salvar vidas. Com a doação de órgãos, transformamos luto em renovação, saudade em esperança e tristeza em alegria", enfatiza Júlia Barzan.
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