Criminosos estão ligando ou chamando no whatsapp no telefone de comerciantes e empresários, afirmando que são integrantes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC) e exigindo transferências via Pix para que os empresários para os quais entram em contato não sofram atentado por parte da facção criminosa.

Os telefonemas assustam em um primeiro momento, mas são um golpe aplicado por presidiários, geralmente do Rio de Janeiro ou também de Santa Catarina, segundo informações da Polícia Civil de Santa Catarina. 

“Os caras ligam falando que a vítima está delatando membros do PGC e que podem sofrer represálias. Se o empresário não fizer isso, os bandidos dizem que vão mandar matar a vítima, que é chamada desde início da abordagem pelo nome completo”, explicou uma vítima de Jaguaruna que trabalha em Morro da Fumaça. 

O portal Agora na Cidade obteve uma gravação, feita pelo whatsapp da vítima, (ouça abaixo).

Conversa com ameaças feitas pelo whatsapp (Divulgação)

O bandido, afirma ser do PGC e afirma que a vítima é uma delatora de membros da facção e que ela deve colaborar sob risco de retaliação por parte dos criminosos, a não ser que pague através de PIX. 

Na maioria dos casos os valores não são pagos, mas alguns empresários acabam se rendendo ao medo e fazem as transferências para os presidiários, acreditando que conversam realmente com um integrante do crime organizado. 

A reportagem apurou que os golpistas escolhem as vítimas pela internet, se utilizando dos dados públicos de empresas, como os endereços, telefones, nome dos sócios e outras informações, os criminosos usam as informações para assustar as vítimas e tentar extorquir dinheiro delas. 

A Polícia Civil está ciente do golpe e orienta para que as pessoas não paguem os valores pedidos pelos criminosos. “Não caiam nesse golpe e se receberem qualquer ligação desse tipo, desliguem o telefone imediatamente”. 

Se a vítima se sentir insegura, pode registrar um boletim de ocorrência, que pode ser feito pela internet.