Término temporário da greve dos professores em SC: pausa de dois meses para negociações
Governo propõe acordo para encerrar paralisação enquanto Justiça intervém em demissões de temporários
A greve dos professores da rede pública estadual de Santa Catarina foi temporariamente suspensa por um período de dois meses, conforme anunciado pelo Sinte-SC (Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Santa Catarina). A paralisação poderá ser retomada após esse prazo, caso as demandas da categoria não sejam atendidas pelo governo.
O sindicato enfatizou que esta pausa representa uma oportunidade para o governo estadual apresentar propostas concretas que realmente valorizem os profissionais da educação.
A decisão de retornar às atividades foi tomada após uma assembleia extraordinária realizada na praça Tancredo Neves, em Florianópolis, e depois de um amplo debate sobre os próximos passos da mobilização.
O comunicado do sindicato destacou a recente vitória judicial que impediu perseguições aos professores temporários e afirmou que é hora de fortalecer a luta e voltar ao trabalho.
Na terça-feira anterior (7), o governo de Santa Catarina havia proposto um acordo para encerrar a greve dos professores, incluindo pontos como o aumento do vale alimentação, a aplicação de 1/3 da hora-atividade e a realização de um concurso público para a Educação. No entanto, ressaltou que essas condições só seriam válidas com o fim da greve e o retorno imediato às atividades.
A greve, que completou duas semanas, teve como uma das principais demandas a realização de um novo concurso público, dado o alto número de professores temporários. Outras reivindicações incluem o reajuste do Piso Nacional na tabela salarial e a revogação do desconto de 14% aplicado aos aposentados.
Durante a greve, pelo menos dez professores temporários foram demitidos, mas o governo propôs reverter essas demissões caso a greve fosse encerrada imediatamente.
Em resposta à possibilidade de reversão das demissões, a Justiça Estadual concedeu parcialmente uma medida liminar solicitada pelo Sinte-SC, determinando que o governo se abstenha de dispensar os professores temporários até que o processo seja julgado definitivamente.
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